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EMOP PREPARA RESTAURAÇÃO DA FAZENDA COLUBANDÊ
02 / 03 / 2020 .

Com a descentralização de recursos da secretaria de estado de Fazenda para a EMOP, no valor de R$35.883,00, a empresa dá continuidade à elaboração do projeto de restauração do casarão e da capela da Fazenda Colubandê, em São Gonçalo, marco da arquitetura colonial do século XVII.

A resolução conjunta da secretaria e da EMOP foi publicada no Diário Oficial do Estado em 13.02.2020, e possibilita a reativação do contrato original.

O projeto em questão já foi aprovado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e agora está em fase de orçamento e planejamento executivo das obras. O trabalho contempla todos os pontos danificados pelo tempo, assim como os procedimentos previstos na legislação pertinente aos bens tombados, mantendo as características espaciais e construtivas originais.

Um pouco da história

A Fazenda Colubandê é parte da sesmaria doada ao colonizador Gonçalo Gonçalves que teve seu engenho vendido ao cristão Ramirez Duarte de Oliveira. Este chegou a mudar de nome para fugir da Inquisição.

Em 1713, a fazenda foi confiscada pela igreja e entregue aos jesuítas. O casarão grande foi construído em torno de um poço do século 17, de acordo com a tradição judaica, e não segue um estilo padrão, pois foi sendo reformado ao gosto de cada dono. O teto tem estilo oriental, as janelas mostram influência da época de Luís XV e o entorno da varanda possui 16 colunas em estilo greco-romano, com conversadeiras entre as colunas.

O casarão-sede, de estilo jesuítico e características mouras na parte de cima, foi erguido ao lado da capela de Sant’anna. Datada de 1618, foi construída em homenagem a Nossa Senhora de Montserrat. Passou por reformas em 1740, quando foram instalados nas paredes da capela-mor dois painéis de azulejos portugueses em estilo barroco-rococó. Um mostra a imagem de Sant’Ana, mãe da Virgem Maria, ensinando-a a ler, e outro retrata o pedido de casamento de São Joaquim e Sant’anna, avós de Cristo.