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OBRA DA EMOP SERÁ TEMA DE SIMPÓSIO
16 / 01 / 2020 .

A direção da Sala Cecília Meireles, o espaço de excelência de concertos da FUNARJ, informou que, entre suas ações para 2020 – tendo em vista o 27º Congresso Mundial de Arquitetura que acontece no Rio de Janeiro de 19 a 23 de julho de 2020 – vai promover um simpósio sobre a reforma de 2010-2014, abordando os processos de restauro do prédio construído como hotel em 1896, a nova arquitetura interior e o projeto de acústica que tornou a Sala o palco de referência para música de câmara no país.

 

A informação está no site da FUNARJ (Fundação Anita Mantuano de Artes do Estado do Rio de Janeiro), autarquia vinculada à Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa, do Governo do Rio de Janeiro, responsável pela promoção da cultura e pela gestão direta de uma série de museus, teatros e centros culturais.

A obra em questão foi executada integralmente pela EMOP e apresentou vários desafios no transcorrer de sua realização. Um deles foi a total ausência de registros arquitetônicos da época da construção do edifício que inicialmente serviu como hotel e que na década de 1940 foi adaptado para funcionar como cinema.

Detalhes da reforma

A modernização acústica do ambiente foi o ponto principal da reforma, ao priorizar o uso de materiais e formas que tornassem a Sala a mais adequada possível à escuta musical. Foram retirados os plissados que interferiam no palco e o teto ganhou estruturas de madeira em forma de ondas, para ajudar na amplificação do som.

Na avaliação das estruturas propostas, foram feitos diversos testes com músicos da Orquestra Petrobras Sinfônica e com a equipe do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro).

Outro ponto importante da obra foi adaptar as instalações da Sala com itens de acessibilidade. Os três andares ganharam pisos táteis, rampas e elevadores para portadores de deficiência, e todos os banheiros foram ajustados para cadeirantes.

A antiga bomboniére, situada no primeiro andar, e o Café da Sala, transferido para o segundo piso, também foram reformados, para propiciar mais conforto e comodidade ao público. O hall de entrada foi ampliado.

O prédio anexo à Sala ganhou uma sala multiuso, com o Espaço Guiomar Novaes, com cabine de som e luz, que funciona como auditório para palestras, camarim para orquestras, espaço de ensaio para apresentações, além de também receber recitais de menor porte. A administração da Sala também se encontra neste edifício, que ainda possui uma sala de estudos isolada.

Assim como nas reformas que ocorreram ao longo da história do edifício, a fachada original se manteve preservada, enquanto a fachada lateral, remanescente do Grande Hotel, foi resgatada. Para tanto, um cuidadoso trabalho de restauro ocorreu, para não modificar as características originais do prédio.

(Fontes: FUNARJ e antigo Ministério da Cultura)